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Hedonismo e Autoestima

Oie! Tudo bem?
Conforme eu falei no post do Instagram, o post de hoje tem tudo a ver com o vídeo que acabei de gravar e vai ao ar nessa quarta-feira, que é o terceiro pilar da autoestima.

Você já ouviu falar em Filosofia Hedonista? Sabe o que significa hedonismo?

De maneira objetiva, hedonismo significa prazer, gozo, regozijo, satisfação e bem-estar. E a filosofia hedonista seria um estilo de vida voltado para a busca do prazer e do proveito das coisas ao nosso redor, sem ser escravo disso e sem ser vítima do vício.
A pessoa hedonista não é uma pessoa superficial, que só busca os prazeres mundanos de comer e beber. Não evita os problemas e a luta do cotidiano, mas sabe reconhecer o que a faz feliz e trabalhar duro para conseguir isso e aproveitar intensamente.
Walter Riso traz no livro “Apaixone-se por si mesmo”, que
é impossível aprender a se amar quando não aceita viver intensamente. Algumas pessoas confundem o “não se sentir mal” com o “sentir-se bem”: deixar de se castigar e de sofrer não é suficiente, é preciso dar mais um passo, premiar-se.
E muitas pessoas têm dificuldade em fazer isso, se elogiar, se recompensar quando fazem algo bom, direito, conquistam algo. Como se fosse feio, narcisista. No vídeo de quarta eu explicarei mais sobre isso e também como melhorar o terceiro pilar da autoestima.

Por que não somos hedonistas?

Riso traz no livro que existem dois fatores principais que nos faz ter um estilo de vida rotineiro e pouco prazeroso e nada hedonista.
Por querermos ser muito humanos, na ânsia de nos diferenciarmos cada vez mais dos animais, acabamos perdendo algumas capacidades fundamentais que herdamos dos nossos ancestrais. O desenvolvimento do córtex cerebral e da linguagem, nos permitiu evoluir em muitos aspectos, mas, ao mesmo tempo nos afastou do legado “primitivo/instintivo” do nosso passado evolucionista, em dois fatores principais:
– a conduta de exploração
– e a capacidade de sentir.

Conduta de exploração

A exploração é um dos comportamentos que mais garante o desenvolvimento emocional e inteligente da nossa espécie. No reino animal, é a busca, o questionamento que garante que se descubra nossas fontes de alimento, parceiros sexuais e lugares para se proteger.

Esse impulso de investigar, explorar que nos move enquanto indivíduos e ajuda a enriquecer nosso sistema de comportamentos herdado e a aumentar o repertório de recursos para enfrentar perigos e também vencê-los.

É uma forma de autoestimulação que desenvolve mais substância branca no cérebro (mielinização) para que possamos aprender mais e melhor.

E o que é explorar? É ser curioso! E é a curiosidade que permitiu a evolução e a manutenção da vida no planeta. Investigar, examinar e xeretar nos leva a uma das maiores satisfações do ser humano: a descoberta e a surpresa.

Explorar e ir ao encontro da vida. A felicidade não bate na porta, mas é preciso buscá-la e lutar por ela. Buscar, abrir a mente, ir atrás sem julgamentos, sem defesas.

Quando o comum se torna ritual, é hora de explorar, investigar! Quanto mais previsível for sua vida, segundo Riso, maior será o seu tédio. É preciso criar um ambiente motivacional, que o instigue a te tornar um investigador de sua própria vida.

Se perdeu a capacidade de exploração, precisa recuperá-la, senão jamais poderá se aproximar de uma filosofia hedonista, e o amor-próprio será um fardo para você. – Riso

Capacidade de sentir

Esse é o segundo fator que interfere na possibilidade de se ter um estilo de vida prazeroso. Riso diz que nossos sentidos primários sofreram um tipo de adormecimento.

Nosso sistema de processamento de informação opera de duas formas: voluntária ou controlada e a outra, automática ou não consciente. Mesmo que ambos apresentem características bem diferentes, eles interagem e se misturam permanentemente. Ou seja, é muito difícil que existe no ser humano uma emoção pura ou uma lógica totalmente livre de afeto.

Sendo assim, nossos sentimentos podem ser facilitados ou dificultados pela influência dos nossos pensamentos.

Emoções, sentimentos precisam ser sentidos e não reprimidos. Essa ideia de inibir as emoções a todo custo, porque culturalmente é feio e demonstra fraqueza, causa o que Riso chama de “dislexia emocional”, que nada mais é que um analfabetismo afetivo, onde deixamos de expressar, ler e compreender nossas emoções.

A capacidade de sentir a vida, no mais amplo sentido da palavra, não é uma doença contra a qual é preciso criar imunidade: é saúde física e mental. – Riso

É preciso deixar a emoção sair, por pior que ela seja, para então eliminá-la ou reestruturá-la. Sentir é uma maneira de autoconhecimento, de saber o que incomoda e o que não, do que gosta e o que não gosta, possibilitando descobrir novas maneiras de se amar.

Beijos e uma ótima segunda-feira!

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