Oie! Tudo bem?
Continuando nosso assunto da semana sobre Inteligência Emocional (IE), hoje quero trazer um assunto bem específico, mas que tem TUDO a ver com IE.
Recapitaulando o post de ontem, Daniel Goleman definiu que consciência social e gestão de relacionamentos são os domínios de natureza interpessoal, ou seja, se trata da interação entre as pessoas.
E você sabe qual é a base desses domínios e sua competência chave? É a empatia. Isso mesmo, essa palavrinha-chave nos dias de hoje, né?! E é sobre ela que vou falar hoje, a partir da IE.

Empatia
Falando de maneira geral, empatia é a capacidade de compreender os sentimentos e pensamentos das outras pessoas, bem como ter a capacidade de se colocar no lugar do outro, o que é uma habilidade essencial para todo tipo de relacionamento.
No texto “O que é empatia”, Goleman inicia relacionando empatia e atenção. Ele diz que a atenção/enfoque nas outras pessoas são a base da empatia e da construção de relacionamentos sociais (que são dois dos três pilares da IE, junto com autoconsciência).
Ele fala bastante sobre liderança nesse texto e afirma que é possível identificar líderes que realmente consigam se concentrar de verdade nos outros. Estes surgem como líderes naturais, independente de hierarquia social ou organizacional.
Tríade da Empatia
Falamos sobre empatia como sendo um atributo único. Mas, após analisar e estudar bastante a respeito, Goleman traz a tríade da empatia, que são três tipos diferentes de empatia, onde cada uma delas está ligada a uma parte diferente do cérebro. E as três são importantes para a eficácia de uma liderança:
- Empatia Emocional: também conhecida como empatia social, é saber como o outro se sente porque consegue reconhecer o sentimento em si mesmo. É conseguir reproduzir o mesmo sentimento que outra pessoa experencia. Em outras palavras, empatia emocional é conseguir sentir o que o outro sente.
- Empatia Cognitiva: como o nome diz, é entender o que a outra pessoa pensa, compreender sua perspectiva e os modelos mentais que o outro usa para se expressar. *Modelo mental é como as pessoas interpretam tudo o que vêem ao seu redor. Com base nas vivências, personalidade, experiências, as pessoas analisam cada situação e então definem como agir.
- Preocupação Empática: mesmo não muito conhecido, segundo Goleman, é o tipo mais importante de empatia. Justamente porque não se trata apenas de reconhecer os sentimentos e pensamentos do outro, mas, principalmente de se sensibilizar e de fato se importar com esses sentimentos e pensamentos. Seria uma preocupação genuína com o outro.
Segundo uma pesquisa feita com médicos do General Hospital de Massachussets, a empatia emocional pode ser desenvolvida. O mais interessante, é que no programa criado a partir dessa pesquisa, para os médicos monitorarem a si mesmos, eles aprendem a se concentrar usando respiração profunda e diafragmática (que eu já ensinei no Instagram), além de cultivarem um certo distanciamento.
Esse distanciamento é para que eles não se percam em seus próprios sentimentos e pensamentos, mas, que consigam ver uma interação de “longe”. Isso permite que eles observem o que está acontecendo, mas sem se envolverem (no sentido de sobreporem seus pensamentos e sentimentos aos do outro) e sem serem completamente e simplesmente reativos.
Dica
Uma dica para desenvolver empatia emocional, segundo a coordenadora da pesquisa, é começar a agir de forma mais cuidadosa: olhar as pessoas nos olhos, ouví-las, prestar atenção nas expressões faciais e corporais delas. Mesmo não querendo fazer isso, é possível começar a se sentir mais envolvido com a situação e aos sentimentos das pessoas, ao começar a praticar.
Amanhã vou falar sobre como e por que desenvolver Inteligência Emocional. 🙂
Beijos no coração! <3