Blog

Modelo de Inteligência Emocional

“O cérebro emocional responde a um evento mais rapidamente do que o cérebro pensante”.

 

Ontem, iniciei falando sobre a Inteligência Emocional (IE), dando uma pincelada bem geral. Hoje, gostaria de trazer o modelo de IE de Daniel Goleman, considerado o “pai” da IE.

A Inteligência Emocional

Recapitulando, IE é um conjunto de habilidades aprendidas e aprendíveis que determinam a capacidade de identificarmos e gerirmos os próprios sentimentos, visando também gerar um impacto positivo nas pessoas.

Um estudo feito por Goleman, apontou que as competências relacionadas à inteligência emocional são mais determinantes do que o conhecimento técnico na hora de avaliar o sucesso em uma determinada atividade.

 

O Modelo de IE de Goleman

Ele dividiu a IE em quatro domínios e doze competências, que, se bem sucedidos, tendem a criar um impacto positivo nas pessoas:

– Domínios de Autoconsciência e Autogerenciamento são de natureza intrapessoal, ou seja, meu, seu, de cada um:

  • Autoconsciência: capacidade de refletir sobre si mesmo e de reconhecer suas emoções.

Autoconsciência emocional é a competência que está dentro do domínio Autoconsciência. Com essa competência é possível, além de reconhecer as próprias emoções, reconhecer seus efeitos no corpo e também nas relações com as outras pessoas. Por isso, aqui a autopercepção (percepção que temos de nós mesmos) é muito importante.

  • Autogerenciamento (originado da autoconsciência) é a capacidade de gerirmos a nós mesmos, nossas emoções e sentimentos, que são fundamentais para evitar colapsos (como burnout) e assim, construir uma vida mais saudável.

Dentro deste domínio, existem quatro competências:

Autocontrole emocional, que nada mais é do que conseguirmos controlar (sem sufocar) os sentimentos e emoções, para podermos identificar e assim, nos recuperarmos de momentos estressantes e tristes. É um processo para compreender a origem dos sentimentos e assim, racionalizar a respeito deles. E isso envolve reconhecer padrões de comportamentos, rotulando estes e aceitando-os;

Adaptabilidade: ter a capacidade de agir de forma flexível às mudanças que ocorrem na vida, conseguindo se moldar aos novos estímulos e circunstâncias. – Algo muito importante nesse contexto atual!-;

Visão Positiva: capacidade de poder enxergar o melhor de si, nas situações da vida e nas outras pessoas. Procurando manter uma mentalidade construtiva, sem se limitar e sempre buscando evoluir;

Orientação para Objetivos: definir objetivos e sempre tê-los (é o que nos move), trabalhando para atingi-los, se desafiando e sempre buscando se desenvolver.

 

– Domínios de Consciência Social e Gestão de Relacionamentos são os domínios de natureza interpessoal, que estão relacionados com as interações com outras pessoas.

Dentro da Consciência Social existem duas competências:

Empatia (é sua base de conceito): capacidade de compreender os sentimentos das outras pessoas, se colocar no lugar delas e respeitá-las. A empatia é fundamental e extremamente poderosa.

Consciência Organizacional: é compreender como as regras funcionam seja na organização, na universidade, instituição, etc. Ao saber as regras e como são tomadas as decisões, é possível influenciar a(s) pessoa(s) certa(s).

Dentro da Gestão de Relacionamentos, há cinco competências:

Liderança Inspiradora: desenvolver uma visão, um propósito, um valor ou uma missão em que de fato se acredita. Se expressar de forma a inspirar e motivar as pessoas, como um bom líder.

Gerenciamento de Conflito: é ter habilidade de conseguir gerenciar conflitos em um grupo, evitando tensões, tentando garantir um cenário em que todos os envolvidos “ganhem”, se beneficiem.

Coach e Mentoria: a definição de coaching em si explica essa competência, que seria ter a capacidade de compartilhar conhecimento, enfatizando aspectos positivos nas pessoas e as ajudando a chegar onde almejam, no seu objetivo.

Influência: essa também é uma característica de um bom líder. Alguém que consegue expressar e convencer alguém da sua ideia, com sabedoria e compaixão.

Trabalho em Equipe: capacidade de participar de grupos/equipes e ajudá-los a atingirem suas metas. Times de alta performance geralmente possuem essas características: abertura para a crítica, abertura para o diálogo, saber celebrar as coisas e aproveitar o flow (estado de fluxo, onde a pessoa experimenta prazer e uma profunda imersão no que está fazendo, com foco perfeito e atenção absoluta).

É possível perceber que todas essas competências são imprescindíveis para o sucesso de uma cultura organizacional. Afinal, uma equipe é composta por pessoas diferentes, com histórias e personalidades diferentes, que estão o tempo todo se relacionando entre si (interpessoal).

 

Acho que está ficando cada vez mais claro a importância da inteligência emocional, né?! Precisamos dela para tudo! E o melhor, elas podem (e devem) ser aprendidas desde a infância.

Amanhã falaremos mais um pouco sobre a IE. 🙂

Super beijo!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *