Olá! Tudo bem?
Já fiz um post a respeito das doenças ansiosas e depressivas e o quanto elas são ou estão caminhando para serem as doenças com mais vítimas no mundo.
E agora ainda mais com pandemia, quarentena e as consequências disso tudo, tenho tido bastante procura de pessoas relatando uma ansiedade fora do comum.
Mas, como identificar quando a ansiedade está fora do comum, se tornando um problema?
A ansiedade é uma emoção natural nossa e é essencial para podermos superar dificuldades e desafios do dia a dia. Ou seja, nós precisamos dela. Porém, precisamos dela no seu nível normal, ou seja, condizente com as situações vivenciadas.
Como assim?
Não é normal eu ter pensamentos de que algo horrível irá acontecer, tendo sintomas físicos e emocionais muito fortes de ansiedade, ao ter que falar em público, por exemplo. Quando na verdade, não há nenhum perigo real.
Na útilma edicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que utilizamos para classificar os transtornos mentais, os autores enfatizam que o correto é utilizar o termo transtorno, ao invés de doença ou enfermidade, ao se referir aos transtornos de ordem psicológica. Os autores do manual definiram um transtorno como sendo a “complexa interação entre os fatores biológicos, sociais, culturais e psicológicos envolvidos na perturbação mental”.
E ainda complementam como sendo “uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental”.
Ou seja, transtorno mental seria o oposto de “uma resposta esperada ou aprovada culturalmente a um estressor ou perda comum, como a morte de um ente querido”, por exemplo. E o diagnóstico de transtorno mental pode ser dado após uma entrevista psicodiagnóstica, feita por um psicólogo ou psiquiatra.
Ainda segundo o DSM-5, para ser diagnosticado um transtorno mental, é preciso fechar um número mínimo de critérios diagnósticos, específicos em cada transtorno. Critérios relacionados aos sintomas específicos do transtorno, bem como o tempo que a pessoa apresenta esses sintomas, entre outros.
Os transtornos de ansiedade se diferem nos tipos de situações ou objetos que induzem o medo, ansiedade ou comportamentos de esquiva (fugir) e na ideação cognitiva associada.
Eles são diferentes do medo ou da ansiedade adaptativos porque são excessivos e/ou persistem mais do que períodos que seriam apropriados ao nível de desenvolvimento da pessoa. E geralmente, medo e ansiedade provisórios são frequentemente induzidos por estresse; mas, no caso de um transtorno de ansiedade, ele é mais persistente, podendo durar seis meses ou mais, em geral.
E, pensando na pandemia e quarentena e o quanto o número de pessoas muito ansiosas vem aumentando, resolvi fazer um guia rápido para você poder identificar se sua ansiedade pode ser considerada um problema ou se está dentro do esperado.
Leia e analise se você se identifica com as afirmações (ocorrendo na maioria dos dias), considerando todo esse período, desde que tudo isso começou ou antes, se for o caso:
- Você sente falta de ar, boca seca, náuseas, taquicardia (coração acelerado), mãos suadas sempre que está ansioso(a).
- Tem uma preocupação excessiva, com uma expectativa apreensiva.
- Seu sono está ruim (dificuldade para dormir e/ou manter o sono; ou sono insatisfatório).
- Tem dificuldade em se concentrar, independente da situação.
- Você tem preocupações demais relacionadas ao futuro.
- Sente que está difícil controlar as preocupações.
- Tem sofrido com tensões musculares.
- Sente que está mais irritado(a).
Não é para você se auto-diagnosticar, ok?! Meu intuito é que você, se identificando com todas, ou quase todas estas afirmações, possa entender que algo não está certo.
Se algo te prejudica em quase todas as áreas da sua vida, está na hora de buscar ajuda.
E se tiver qualquer dúvida, rola o mouse pra baixo e me manda uma mensagem. Vou ficar muito feliz em poder te ajudar! 🙂
Abraços!
2 respostas
Olá, Roberta!
Tudo bem?
Lê o seu livro, me ajudou bastante, sou professora e nesse momento de pandemia, vivendo dias difíceis.
Onde “ansiedade” apareceu de forma preocupante. De acordo com suas explanações do assunto no livro. Sinto que preciso de ajuda profissional.
Estarei praticando as sugestões ditas, creio que irão me ajudar bastante.
Obrigada!
Oi, Márcia.
Eu estou bem, obrigada. E você?
Que bom que o livro te ajudou! Fico realmente feliz.
Infelizmente com essa pandemia, os níveis de ansiedade de praticamente todo mundo subiu, alguns mais, outros menos. Mas, sem dúvida, todos nós sentimos o impacto em algum grau.
O objetivo do livro foi justamente esse, compartilhar estratégias aplicáveis para ajudar a reduzir a ansiedade mais elevada.
Se mesmo aplicando essas estratégias a ansiedade não diminuir, uma ajuda profissional será a melhor escolha.
Qualquer dúvida, pode me procurar.
Abraços! 🙂